1 Premio no Concurso da Primavera da Aipa - Ed. Infantil - 2003 |
Reservatórios em nível de alerta, problemas de abastecimento de água e até o seu racionamento tornaram-se um triste tema de notícias e conversas em janeiro/2015 para pelo menos 48 milhões de moradores de cinco das dez regiões metropolitanas do país (um quarto da população brasileira!)... além dos de muitos municípios menores nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil.
Só que não podemos deixar de produzir alimentos... atividade que consome água. Debater essa equação é um ótimo motivo gerador da Educação Ambiental. A horta, na escola ou em casa, torna-se ferramenta da atividade. Uma das chaves é definir o que e porque plantar (sobretudo plantas da estação, que exigem menos cuidados) usando água com enooorme atenção.
Nesse post, vamos tratar do primeiro tema - o que cultivar em fevereiro na nossa horta ou jardim (escola ou casa), mais uma vez usando texto sempre atual do RedeAIPA de Informações Ambientais, serviço desenvolvido pela Associação Ituana de Proteção Ambiental, a Aipa entre 1995 e 1997. Vamos às dicas!
O próximo post será dedicado ao uso da água na nossa Horta ou Jardim. Um complemento às boas dicas de atividades com crianças que constam no Hortas na Educação Ambiental: na escola, na comunidade e em casa, livro que motivou este blog.* Muita chuva, calor e carnaval. Assim é o mês de fevereiro. A horta e o jardim merecem cuidados especiais. É preciso saber o que semear e o que transplantar. Também dá para se preparar para o mês março, quando termina o tempo das águas.- Quem tem horta bem cuidada, terá bastante para colher. É época de abóbora, abobrinha e cenoura. Também dá para colher rabanete, couve, brócolos e pimenta. Tomate, repolho, pepino, salsa, coentro e mostarda também estão na sua estação.
- O tempo também é de colher mandioquinha, batata-doce e cará. Para a colheita das batatinhas tem um segredo. Colha num dia claro, após o secamento da rama. Deixe no sol por uma tarde. Separe as machucadas e armazene o resto num local fresco.
- Quem pensa no futuro, semeia a espécie certa agora. Direto no canteiro pode se semear cenoura, acelga, alcachofra e pepino. Ou então rabanete, salsa e salsão. Já nos caixotes, para a futura transferência, dá para plantar alface, alho porró e couve.
- A época é boa para fazer o desbaste das mudas que se desenvolveram nas sementeiras do mês anterior. Verifique se as plantas já estão no momento certo de irem para o local definitivo. Caso sim, providencie essa transferência.
- Em fevereiro, os jardins continuam com muitas flores. Tem lírio, margarida branca e a angélica. Também florescem o agapanto, a esporinha e o copo-de-leite. Já nas ruas, Das árvores, destacam-se a quaresmeira, a paineira e pau-de-tucano.
- Neste mês, dá para enriquecer o jardim, plantando cravos, dedaleiras, bocas-de-leão e onze-horas que são flores de clima quente. Plante em sementeira, para mais tarde transferir para o jardim.
- Com chuva e calor, aumenta a quantidade de ervas indesejáveis. Mantenha o gramado limpo, se possível retirando manualmente as plantas invasoras. Para o combate de "pragas", prefira produtos caseiros, como a calda de fumo.
- É melhor planejar a horta e o jardim, sabendo o índice de germinação das sementes que você usa, que é a relação entre o quanto é semeado e quanto nasce. Por exemplo, índice de 30% é quando você semeia cem, para brotarem em média 30 plantas.
* É fácil fazer um teste caseiro de germinação. Primeiro coloque uma camada fina de terra numa bandeja. Em seguida coloque 20 sementes de uma espécie, sem escolher. Cubra com outra camada de terra e mantenha-a sempre úmida, mas não encharcada. Espere a brotação. Aí, é só contar quantas nasceram, para chegar à proporção.
* Preste atenção no horário da rega. Habitue-se a fazê-lo de manhã cedo, ou no fim da tarde. Isto evita evaporação. Além disso, não use jato de água forte e não deixe a terra encharcada. (Rede AIPA)
OBSERVAÇÃO:
Este é mais um texto sempre atual do RedeAIPA, serviço de informações ambientais desenvolvido de 1995 a 1997 pela Associação Ituana de Proteção Ambiental, a AIPA, que também criou o programa Hortas Escolares sem Agrotóxicos, em Itu cuja experiência permitiu escrevermos o livro Hortas na Educação Ambiental: na escola, na comunidade e em casa)
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