Na escola ou em casa, podemos fazer uma horta sem agrotóxicos, orgânica, com ajuda das crianças. Esse é o tema do livro "Hortas na Educação Ambiental", um guia de como implantar (da escolha do local à colheita), associado a incriveis experimentos práticos, brincadeiras que ensinam, para cada momento do desenvolver das plantinhas. Neste blog, um pouco da aventura que o livro oferecerá
quarta-feira, 18 de maio de 2011
SE A ÁGUA PENSASSE...
Segunda metade de maio. Era o tempo em que a equipe da Associação Ituana de Proteção Ambiental (AIPA - cuja experiência inspirou o livro "Hortas na Educação Ambiental") começava a pensar seu Concurso da Primavera: a estruturação, com convite a comissão organizadora era sempre em junho, mes do meio ambiente, e a premiação ocorria em setembro, quando se comemora o Dia da Árvore e o início da estação mais florida do ano. Realizado em parceria com a Diretoria de Ensino, Administração Municipal, tinha apoio de empresas locais, envolvendo escolas e instituições de cunho social em toda a região.
Melhor que falar do concurso é mostrar um de seus resultados, como a imagem que ilustra esse post e um trabalho premiado na edição do ano 2000, categoria especial, de propostas de aplicações didático-pedagógicas, que apresentamos em seguida.
É um texto para dramatização, proposto pelas então estudantes de magistério Adriana Cristino, Aline Regina dos Santos, Andressa Thame Lovatto e Vanessa Gabriela de Souza, da Escola Estadual Prof. Antonio Berreta - Itu, visando trabalhar com alunos do Ensino Infantil à 4.ª Série do Ensino Fundamental.
PERSONAGENS:
4 gotas: Chuá, Ploc, Tiblum, Tim
O Sol
Narrador
SE A ÁGUA PENSASSE....
Narrador - A água é essencial para manter a vida: 61% do corpo humano é composto por água e a porcentagem do planeta Terra é de 70%. A água passa por etapas muito importantes, denominadas o ciclo da água. Primeiramente, com o calor do Sol, ocorre a evaporação da água, que se transforma em partículas que sobem e, à medida que vão subindo, transformam-se em gotas, devido à condensação resultante do resfriamento. Essas gotas caem na terra em forma de chuva, sendo esse o ciclo da água.
(Som do trovão)
Chuá – Nossa, voltamos à terra novamente.
Tim – Sim, mas vocês não estão achando algo diferente?
Ploc – É, cadê as flores? E o que aconteceu com as nossas amigas da comunidade rio Tietê? Elas estão todas mortas.
Chuá – Ainda bem que eu não aceitei o convite delas de viver ali.
Tim – Não seja insensível, quando elas te convidaram ali era lindo de dar inveja.
Ploc – Precisamos procurar um abrigo para nos prevenirmos da evaporação, o sol já está vindo, precisamos descansar, já tivemos uma longa viagem.
Tim – Concordo, mas... cadê o Tiblum?
Chuá – Não sei, mas tenho total certeza que ela choveu junto com a gente.
Tiblum – Pessoal, socorro... socorro! Me tirem daqui ...
Ploc – Nossa, Tiblum caiu no rio Tietê, acho que foi quando a chuva mudou de sentido com o vento.
Tim – Pare de papo, precisamos fazer algo para tirá-la de lá! Mas o que?
Chuá – Vamos nos expor ao sol para assim chover no Tietê e ajuda-la a sair.
Ploc – Fazer todo o ciclo novamente e morrer no rio?
Tim – Pare de medo e vamos salvar nossa amiguinha!
Tiblum – Pessoal, pensem bem, isso é muito perigoso... mas, me tirem daqui!
Tim – É prá já.
(As 3 gotinhas vão em direção ao sol)
Ploc – Sol, você precisa nos evaporar para salvarmos Tiblum.
Sol – Ela precisa ter aulas de direção para não fazer tiblum no Tietê.
Tim – Concordamos, mas vamos que não temos muito tempo.
Sol – Tudo bem, não fiquem nervosas.
(Gotas são evaporadas e entram no rio). Somente vozes
Ploc – Acho tão bom quando somos evaporadas. Ficamos leves e até vamos ao céu.
Tim – Sim, mas a medida que subimos, fica mais frio e nos condensamos virando novamente gotas.
Chua – E aí é só esperar a nuvem ficar pesada e ...
(Som de trovão. As gotas aparecem novamente)
Ploc – Estou caindo no Tietê ...
Tim – Ah! .....
Chuá – Não esqueçam nosso plano.
Ploc e Tim – Que plano?
Chuá – Caiam no barquinho para ser mais seguro.
(Caem)
Ploc – Pensei que não conseguiria ...
Chuá – Eu também, agora vamos remar e salvar Tiblum
(Chegando perto de Tiblum) Tiblum – Estou aqui, me ajudem, me ajudem! Estou quase sem fôlego!
(... e tiram a gota do rio) Tiblum – Pensei que ia morrer!
Ploc – Eu também.
Chuá – (Bate em Ploc) Não dá para você falar algo mais motivador ou simplesmente ficar quieto?
Ploc – Pô, Chuá, foi mal aí, desculpa...
Tiblum – A Tim ficou com medo? Cadê ela?
Ploc – Oh! De novo não ...
(Sol se aproxima)
Sol – Não tenham medo de mim não vou evaporá-los, já estou me pondo.
Chuá – E o que você quer? Um copo de água?
Sol – Não, vim dar o recado de Tim à vocês ...
Ploc – O que? Você a torturou e veio dar o recado de Tim tostada?
Sol – Não me tratem assim, eu não sou mau e por isso ela confiou em mim.
Gotinhas – Oh! Desculpa Sol.
Sol – Tudo bem. Tim resolveu sacrificar sua vida e caiu sobre a cabeça de um ser humano para que assim ele tivesse uma maravilhosa idéia para conscientizar seu povo e salvar todas as gotinhas.
Ploc – Poxa, ela era tão durona, nunca pensei que pudesse fazer isso por mim.
Tiblum – Só por você, não. Por todo ser vivo, aliás, somos frágeis, mas somos necessárias.
Chuá – Ei pessoal, vamos comemorar a volta de...
Ploc – É isso aí!
*Tiblum, Tiblum
*Olha a gota
*Tiblum, Tiblum
*Tim é a salvadora
* Bis
Ah! Ah! Ah!
Tum, tum, tum, tum, tum, tum, tum
Depende de nós
Para que o nosso mundo exista
Para que não se prejudique o mundo
Para a nossa mata crescer
Para não ver a floresta morrer
Ah! Ah!
Para que vá pro lixo o lixo
Para sempre cantar os bichos
Para a vida sempre viver
Não quero ver meu mundo morrer.
(FIM)
Que tal dramatizar esse texto? Ou então reunir um grupo para inventar outra dramatização? Melhor ainda - incentivar as pessoas para criarem seus próprios textos! O livro traz um esquema de como criar um Concurso da Primavera. É um caminho. (Silvia Czapski)
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